segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

ELE VEIO PARA O QUE ERA DELE

Sem Jesus Cristo, o homem não sabe quem é, não sabe o que faz neste mundo, não sabe o sentido da vida, do sofrimento, da morte, da dor
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 8)
Nas quatro semanas do Advento a Igreja nos leva a meditar e preparar o coração para celebrar as duas Vindas de Jesus Cristo. As cores e símbolos da liturgia nos ajudam nisso. A Coroa do Advento com as quatro velas que vão sendo acendidas uma a cada semana nos preparam e ensinam.
– A vela vermelha significa a  que o Menino traz ao mundo; a certeza de que Deus está conosco, armou a sua tenda entre nós; “revestido de nossa fragilidade, Ele veio uma primeira vez para realizar o seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação”, diz um dos Prefácios do Advento.
– A vela branca simboliza a Paz; este Menino é o “Príncipe da Paz”, disse o profeta Isaías (11,1s). Quando o Seu Reino for implantado, “a justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos. Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide. Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar” (Is 11, 5-8).
– A vela roxa (quase rosa) simboliza a Alegria do Menino que chega para salvar. É a alegria mitigada pela cuidadosa vigilância do tempo da espera.
– A vela verde traz a simbologia da Esperança que o Deus Menino traz a todos os homens de todos os tempos e todos os lugares. “Sem Deus não há esperança”, disse o Papa Bento XVI na encíclica Spe Salvi(Salvos pela Esperança); e “sem esperança não há vida”, concluiu o Pontífice. É esta esperança de uma vida feliz aqui e no Céu que o grande Menino veio anunciar com sua meiga e frágil presença na manjedoura de Belém.
A primeira vinda de Cristo mostra todo o amor de Deus por nós. Ninguém mais tem o direito de duvidar desse Amor. Ele deixou a glória do Céu, dignou-se assumir a nossa frágil humanidade, para nos levar de volta para o Céu; Ele aceitou viver a nossa vida, derramar as nossas lágrimas, comer nosso pão de cada dia… e, por amor puro a cada um de nós dar um mergulho nas sombras da morte para destruí-la.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1, 1s).
O amor de Deus não é o amor de novelas, com músicas românticas e palavras sensuais; é amor que se revela por fatos, atos, renúncia, sofrimento… É amor que gera a vida.
São João apresenta o Menino que vai chegar:
“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam… Ele era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”.
Luz de Cristo resplandeceu nas trevas mas essas não a compreenderam; as trevas fogem da luz, tem medo dela, porque a luz revela o erro. Quem faz o mal, pratica o crime, busca a calada da noite para que a luz não o denuncie. Por isso Jesus foi logo perseguido pelo cruel tirano Herodes Magno.
Disse a Lumen Gentium que “só Jesus Cristo revela o homem ao próprio homem”; Ele é “a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”; é por isso que o Papa João Paulo II disse em sua primeira encíclica, Redemptor Hominis, que “o homem que não conhece Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério inexplicável, um enigma insondável”.
Sem Jesus Cristo, o homem não sabe quem é, não sabe o que faz neste mundo, não sabe o sentido da vida, do sofrimento, da morte, da dor e das estrelas… é um coitado e um perdido como muitos filósofos ateus que se debateram em meio de suas trevas e acabaram arrastando muitos outros consigo para uma vida vazia e triste. Não foi à toa que muitos jovens suicidaram-se lendo o Werther de Goethe e a Comédia Humana de Balzac. Depois de ler A Nova Heloísa, de Jean Jacques Rousseau, uma jovem estourou os miolos em uma praça de Genebra e vários jovens se enforcaram em Moscou depois de lerem Os sete que se enforcaram, de Leonid Andreiv. Só Jesus Cristo “é a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”. Um dia, Karl Wusmann, escritor francês, entre o revólver e o crucifixo, escolheu o crucifixo… e viveu (cf. J. Mohana, Sofrer e Amar).
“Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus”.
O Natal nos traz esta certeza e esta enorme alegria: somos filhos amados de Deus; que nos fez para Ele, por amor. Ele fez para nós as estrelas, o cosmos, as pedras , os rios, as montanhas, os animais, os peixes das águas e os pássaros do Céu, o doce fruto da terra, o perfume das flores, a harmonia das cores e o mar que murmura o Seu Nome a cantar…
Obrigado Senhor!
Por Prof. Felipe Aquino, em Cleofas – dezembro de 2013, via Aleteia

sexta-feira, 5 de maio de 2017

SAIBA PORQUE MAIO É O MÉS DE MARIA


Durante vários séculos a Igreja Católica dedicou todo o mês de maio para honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus. A seguir, explicamos o porquê.

A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma, pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época, celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e pediam sua intercessão.

Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era considerado como o apogeu da primavera.

Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações aconteciam do dia 15 de agosto a 14 de setembro e ainda são comemoradas em alguns lugares.

A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.

Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia durante todo o mês. Este costume durou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.

As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.

As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.

Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.

Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares, com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.

Deve-se separar um lugar especial para Maria, não por ser uma tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais que se pode alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos menores.

Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.

terça-feira, 25 de abril de 2017

DEUS JÁ MENTIU PRA VOCÊ?


Deus já mentiu para você?” Como você responderia a essa pergunta? Ela foi feita  por uma criança que se sentia decepcionada a seu pai, que eu conheço bem. Desde então, eu tenho lutado com esse questionamento.

Meu treinamento filosófico poderia oferecer argumentos, explicando por que Deus não mente. Isso é pertinente e verdadeiro, mas não era o que a criança precisava naquele momento. Ela está lutando com uma decepção esmagadora, vendo que o que ela está esperando e o que tem definido no seu coração ainda não chegaram – e tudo indica que não vão chegar. As verdades da Filosofia poderiam trazer-lhe a clareza mais tarde, mas ela, agora, não seria capaz de vê-las através de suas lágrimas.

O pai poderia ter sucumbido à tentação de frustrar o ponto afiado da pergunta com a seguinte resposta: “Tudo vai ficar bem! Afinal, a Bíblia diz: “Nada é impossível para Deus”. Verdade – nada é impossível com Deus – mas essa afirmação não a ajudaria se fosse oferecida apenas para silenciá-la. Este é o problema dos chavões: eles podem ser um desserviço para as verdades, porque eles podem ser usados para sufocar as vozes e as dores daqueles que fazem perguntas desconfortáveis e indesejáveis. O pai não recorreu aos clichês porque tem muito respeito pela inteligência da filha e pela majestade de Deus.

E ainda estamos diante de sua situação difícil: “Eu procurei a vontade de Deus e agi de acordo. Esperei para receber o que Deus me prometeu. E nada aconteceu. Pior do que isso é o fato de a janela de oportunidades para eu receber o que me foi prometido por Deus estar começando a se fechar. Deus mentiu para mim? ”

Aqui, podemos ver as limitações da consolação da Filosofia e as verdades dos chavões piedosos. Nenhum deles leva uma pessoa confusa e de coração partido à cruz de Cristo. É para aquele lugar terrível, onde o mal tentou esmagar e apagar amor fiel, que os feridos devem ir. É lá que devemos contemplar o custo da confiança absoluta na bondade de Deus. E é só a partir daí que podemos encontrar o poder do Cristo ressuscitado.

Ao pé da cruz, vamos ecoar as palavras do sofredor Jó: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15). Jó não se contentará com respostas medíocres ou banalidades. Ele procura uma audiência com Deus. Devemos fazer o mesmo – mas devemos saber – de uma maneira que Jó não compreendia – que confrontar Deus significa confrontar Cristo crucificado e ressuscitado. Nós vamos ao Servo Sofredor de Deus, que se rendeu de tudo, foi saqueado pelo mal, e foi, depois de um tempo de escuridão, chamado por Deus. Devemos entender que, se nos desviarmos de Cristo, não devemos esperar “sopa de frango para a alma”. Não! Virar-se para Cristo em nossa dor é pisar em um caminho obscuro de sangue e glória.

Podemos começar nosso abraço de Cristo crucificado e ressuscitado ecoando Jó: “Sei que podes tudo, que nada te é muito difícil”(Jó 42: 2). O último propósito de Deus é unir-nos a Ele por toda a eternidade. Nossas dores e alegrias temporárias nesta vida devem ser medidas à luz da eterna glória que Deus nos oferece.

Nós somos peregrinos terrestres no caminho para o Céu; inevitavelmente sofremos, e, finalmente, morremos. Alguns de nós podem ser martirizados. Alguns podem morrer enquanto olham para trás e enxergam uma vida agradável – a maioria de nós não. Ao longo do caminho, nenhum de nós tem a sabedoria para entender plenamente como a graça e providência de Deus trabalham com o livre-arbítrio humano, o desapontamento e a sorte silenciosa.

Contudo, temos a Igreja nos ensinando que, se nossa esperança em Deus repousa sobre o que podemos captar neste mundo que passa, estaremos decepcionados. Nossa esperança em Deus só pode descansar sobre a obediência de Cristo crucificado e sobre a fidelidade de Nosso Pai Celestial que elevou Cristo à soberania e à glória.

O poeta John Keats refere-se a este mundo como “O Vale Criador de Almas”. Esse mundo finito, e passageiro, com suas alegrias e tristezas reais e temporárias, pode ser usado por Deus e pelo dócil discípulo de Cristo para preparar uma alma para a eterna União com Deus. O pesar e as decepções, embora agonizantes, não precisam ser encarados como “desperdiçados”, mas podem ser usados, redentoramente, na purificação de uma alma para a felicidade do Céu.

Então, como aquele pai poderia ter respondido à pergunta da filha? Ele poderia dizer: “Não, Deus nunca mentiu para mim. E sei que Ele é fiel e amoroso, porque o que Ele fez por Cristo, Ele quer fazer por você e por mim”.

No próximo texto, vou falar de otimismo, desejo e esperança. Até lá, vamos nos manter em oração.

Por Fr Robert McTeigue, SJ, via Aleteia EUA

EMPATIA É A HABILIDADE MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ DEVE TER

Dentre todas as habilidades “praticáveis“, a empatia com certeza é a mais importante. Ela vai te levar a um maior sucesso profissional e pessoal, além de torná-lo mais feliz enquanto a pratica.

E, não confunda empatia com simpatia. A primeira significa você fazer uma conexão emocional com alguém, enquanto a segunda está diretamente ligada a maneira como você trata uma pessoa com naturalidade.

A chave para ser empático é não julgar as outras pessoas. É colocar-se no lugar do outro ao invés de apontar-lhe o dedo. No geral, pessoas empáticas são menos preconceituosas. Aceitam o outro como ele é.

Por que praticar a empatia?

Só a definição acima provavelmente já faria o mundo um lugar um pouco melhor. Mas, vamos lá!

1.Você entenderá melhor as necessidades das pessoas ao seu redor;

2.Você entenderá melhor a percepção que cria nos outros através de suas palavras e ações;

3.Você entenderá as partes tácitas de sua comunicação com os outros;

4.Você entenderá melhor as necessidades de seus clientes;

5.Você terá menos conflitos interpessoais para lidar no trabalho e em casa;

6.Você será capaz de prever com maior precisão as ações e reações de quem interage com você;

7.Você vai aprender como motivar as pessoas ao seu redor;

8.Você convencerá de forma mais eficaz as pessoas a respeito de seu ponto de vista;

9.Você lidará melhor com a negatividade dos outros e entenderá suas motivações e medos;

10.Você será um líder melhor, um melhor seguidor e, mais importante, um amigo melhor.

E como praticá-la?

Ouça atentamente o que as pessoas têm a dizer. Considere a motivação por trás do orador. Considere quais experiências de vida ou de trabalho o levaram àquela visão de mundo. A partir destas três ações, será muito mais fácil colocar-se no lugar do outro. Isso parece tudo muito óbvio, mas a partir do momento que você começa a praticar a empatia, verá rapidamente os benefícios provocados por ela.

Então, abra sua mente. Melhore, mesmo que só um pouco, a vida de quem está ao seu redor.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

6 ERROS MODERNOS DOS PAIS DE FAMILIA


É compreensível que os pais de família de nosso tempo cometam erros. Isso se deve à complexidade dos tempos modernos, que pegou muitos pais de surpresa. Deve-se também, em boa medida, à crise inter geracional que afasta os pais dos filhos.

Deve-se atribuir, igualmente, esses erros modernos dos pais à permissividade deles em relação ao filhos. Prova disso é que os pais dão tudo a troco de nada, ou seja, aceitam fazer enormes sacrifícios sem exigir dos filhos uma justa equivalência.

O primeiro desses erros modernos consiste em dar aos filhos o celular que eles exigem, da marca e do modelo que eles querem. Alguns pais costumam dizer que dão o que os pequenos pedem porque, ao contrário, eles se tornariam “valentões”. De qualquer forma, comprar um smartphone para uma criança é um exagero; ela pode ser roubada ou morta por causa do celular, ou jogar o telefone na lata de lixo por descuido ou acidente, perdendo, assim, uma boa quantia em dinheiro. Os pais de família deverão distinguir as diferentes etapas do desenvolvimento de uma criança; não podem considerar da mesma forma o menino de 5 ou 6 anos e o adolescente de 12 ou o jovem de 18. O princípio da “gradualidade” tem muita importância na pedagogia familiar.

O segundo erro consiste na “solidão móvel”. Os pais de família, não contentes em ceder às exigências dos filhos, não se preocupam em saber o que fazem eles com o celular. Foi estabelecido um horário para o uso? Instalaram algum programa de monitoramento das atividades? Estão informados sobre o que os filhos procuram na internet? Quais os aplicativos que eles baixam? Intimidação, assédio e abuso sexual são alguns dos riscos da internet.

O terceiro erro está nos conteúdos dos programas que eles escolhem. Muitos pais não sabem quais séries seus filhos veem na televisão ou na internet. Também não sabem o que estão ouvindo no rádio. Não podem imaginar o megalixo que pulula em certas emissoras jovens. Há pais de família que são muito ingênuos e crédulos. Hoje, é frequente a literatura sobre o “cybersex”. Inclusive, já há alguns pais lamentando por terem filhos viciados nisso.

O quarto erro é a “internet a sós”. Uma criança sem companhia na internet é como se ela estivesse parada em pleno centro de uma cidade grande. Que critério de seleção de programa tem um garoto antes dos 10 anos? Inclusive, entre os jovens e adultos hoje é frequente a pornografia pela internet. Há jovens que contam que esperam seus pais dormirem para eles se levantarem e verem programas pornográficos.

O quinto erro está nos videogames. Os videogames são classificados como os filmes, pela idade, e muitos pais não sabem e compram o jogo que o filho pede, cheio de violência, sexo e grosserias. Os “controles dos pais” são uma ferramenta de supervisão de seus filhos no cyberespaço. Os pais são os principais responsáveis pela segurança dos filhos na internet.

O sexto erro: as redes sociais. Os pais de família devem saber que redes como Facebook, Instagram e Twitter permitem criar perfis de usuários com, no mínimo, 13 anos. Antes dessa idade, os que criam contas estão mentindo ao sistema. Poderá acontecer do próprio pai criar o perfil, mas modificando a idade, coisa que, de cara, já é um mau exemplo para o filho.

Melhor ensinar do que proibir. A tarefa dos pais, mesmo que difícil, é estabelecer normas e limites. A ideia é prevenir-se, antes que seu filho lhe diga: “papai, quero ter Facebook”. Antes que os amigos deles proponham, o garoto terá claro que não pode acessar a rede. Deve-se ensinar às crianças que amar é sinônimo de formar.

5 CONSELHOS PARA ESCOLHER COM QUEM SE CASAR


Uma das mais importantes decisões da vida é escolher a pessoa certa com quem compartilhar a vida. O portal Por tu matrimonio, site norte-americano dedicado ao público latino, listou algumas dicas para quem está pensando em se casar. Confira:

1. Não tenha pressa

Evite que a pressão de amigos ou parentes o faça tomar uma decisão equivocada. Para encontrar a pessoa certa com quem compartilhar a vida é necessário ter calma e tempo. Não se chateie com comentários maldosos e mantenha uma atitude positiva.

2. As aparências enganam

É natural que nos sintamos atraídos por pessoas bonitas, mas a beleza é pouco para manter um casamento. O que realmente permite que as pessoas compartilhem suas vidas são os valores em comum, sua capacidade de amar, sua inteligência.

3. Afinidades

O diálogo com o outro é uma importante forma de perceber se existe afinidade entre o casal. Quando gostos, valores e forma de ver a vida são parecidos, é grande a chance dos dois se darem bem num casamento.

4. Não exagere na expectativa

Não deposite as expectativas de sua própria felicidade em outra pessoa. Ser feliz é um estado que depende muito mais de nós mesmos e de nossa disposição em buscarmos a felicidade. Seu cônjuge pode fazer parte dela e compartilhá-la com você, mas nunca será a fonte desse sentimento.

5. Não existe príncipe encantado (e nem princesa)

Ninguém é perfeito. Por isso não seja tão inflexível na hora de avaliar o outro. Mesmo que estejamos sempre nos aperfeiçoando, há alguns hábitos ou traços da personalidade que a pessoa não vai mudar. Se isso não for prejudicial, por amor devemos aceitá-las e respeitá-las.

Por Sempre Família

PÃO NOSSO

Quem de nós já não rezou a oração do “Pai nosso” na qual pedimos o pão nosso de cada dia? O pão aparece frequentemente na Bíblia com significado todo especial. Não só é o alimento, símbolo de todos os demais alimentos, mas o próprio Deus se fez pão para nós: “Jesus tomou o pão, abençoou e disse tomai e comei isto é meu corpo” (Lc 24,30).

O pão, em todas as culturas é tema central. Na vida cotidiana sentimos a importância da alimentação. Nunca se produziu tanto alimento no mundo como hoje e, no entanto, a fome continua fatal. As guerras e migrações provocadas por elas, a indústria alimentícia que visa mais o lucro que o bem estar das pessoas e o desperdício de alimentos estão entre as causas da fome no mundo.

Os Evangelhos narram a multiplicação dos pães. Uma multidão seguia Jesus. Estavam em um lugar longe das cidades, entardecia e o povo tinha fome. Os apóstolos questionam Jesus sobre o que fazer. Jesus lhes responde: “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16). Eles procuram e só encontram cinco pães e dois peixinhos que alguém ali possuía e colocou à disposição. Jesus abençoa-os mandando distribuir. Todos comeram e sobrou, sendo recolhido.

Neste acontecimento há um convite para imitar Jesus realizando a multiplicação dos pães. Deus supremo doador dá à natureza condições de produzir o alimento necessário, mas confia ao ser humano a organização da produção e distribuição dos alimentos. Assim, a lição que Jesus concede na multiplicação dos pães, é a lição da solidariedade e da partilha. Onde há partilha não há fome. Jesus sinaliza neste episódio uma maneira diferente de organizar a sociedade, na qual o egoísmo e a ganância não formam o núcleo central do sistema, mas sim a vida.

É certo que Jesus disse também que nem só de pão vive o homem. Na verdade se eu tenho fome é um problema material meu, mas se meu irmão tem fome, é um problema espiritual meu. Ou seja, nós não vivemos bem só quando estamos bem alimentados, mas vivemos bem quando todos estão bem alimentados. O ser humano se alimenta do pão material, imprescindível, e do amor que faz partilhar com os outros.

Em nosso país é grande a produção de alimentos, inclusive para exportação. Mas a fome é presença constante. As campanhas desenvolvidas para contornar o problema da fome são interessantes, “quebram o galho”, mas não resolvem. O projeto popular de vida plena para todos com dignidade, ganhou o poder, mas não ganhou o Estado. Temos democracia política, mas não democracia social.

Continuamos esperando o milagre da multiplicação dos pães, que Deus espera que nós realizemos na perspectiva do Reino de Deus, e que se chama distribuição de renda. Uma justa distribuição de renda dará pão sem assistencialismo e sem criar dependências.

Artigo escrito por Dom Pedro Carlos Cipollini para o Jornal Diário do Grande Abc