terça-feira, 18 de abril de 2017

PADRINHOS DE BATISMO, SÃO PAIS SEGUNDO DEUS E TEM 7 TAREFAS. Saiba quais são!


O papel dos padrinhos na formação dos cristãos é mais antigo do que se imagina. A tradição remonta ao século IV, quando a Igreja tinha de enfrentar as perseguições romanas e as heresias pagãs. A eles cabia o dever de instruir os catecúmenos na fé católica. E no caso das crianças, além de professarem a fé em nome delas, recebiam a responsabilidade de educá-las conforme a doutrina perene dos Apóstolos.

O decreto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II, procurou enfatizar esse significado do apadrinhamento, recordando que a iniciação cristã no catecumenato não é obra apenas dos sacerdotes ou dos catequistas; é «de toda a comunidade dos fiéis, especialmente dos padrinhos, de forma que desde o começo os catecúmenos sintam que pertencem ao Povo de Deus» (Ad Gentes, 14). Assim se expressava também o Papa Pio XII, no número 17 da Encíclica Mystici Corporis: os padrinhos e madrinhas «ocupam um posto honorífico, embora muitas vezes humilde, na sociedade cristã, e podem muito bem sob a inspiração e com o favor de Deus subir aos vértices da santidade».

Os padrinhos são chamados à santidade de vida. Não é da alçada deles a compra de presentes, mas a instrução na fé católica, porquanto «uma criança não é capaz de um ato livre de fé: ainda não a pode confessar sozinha e, por isso mesmo, é confessada pelos seus pais e pelos padrinhos em nome dela» (Papa Francisco, Lumen Fidei, 43). Numa época dominada pelas falsas filosofias de vida e pelos erros ideológicos, exaustivamente pregados nas escolas e na imprensa, reavivar o sentido do apadrinhamento na fé católica parece ser uma tarefa imprescindível.

Os padrinhos são muito mais que uma posição social; são pais segundo Deus, pois no batismo morre o "homem velho" e nasce o "homem novo". E como verdadeiros pais têm o dever de transformar os seus filhos em discípulos de Cristo, educando-os na escola de santidade dos grandes santos da Igreja.


Padre Paulo Ricardo,  Equipe Christo Nihil Praeponere, 25 de outubro de 2013

Sete tarefas dos padrinhos

1. Ser um Evangelho que será lido

O testemunho de vida dos padrinhos é fundamental para iluminar a vida do(s) afilhado(s) no seu percurso cristão.

2. Dar o melhor presente

O melhor presente que os padrinhos podem dar ao(s) afilhado(s) é o acompanhamento sincero da sua vida espiritual e da sua relação com Jesus, não as prendas no aniversário, Natal ou Páscoa.

3. Ser colaborador dos pais e não substituto(a)

Faz parte da missão dos padrinhos acompanhar também os pais do(s) afilhado(s), fazer parte dessa família espiritual unida pela fé.

4. Partilhar o que é e tem de melhor

Os padrinhos partilham a fé, respondendo às dúvidas do(s) afilhado(s) e acompanhando-os nos momentos de crise, iluminados especialmente pela Palavra de Deus.

5. Praticar o que ensinam

Os padrinhos atrairão os afilhados para a vivência cristã e fortalecerão neles o ser como Jesus Cristo participando assiduamente na paróquia (amando a Deus sobre todas as coisas) e agindo na sociedade segundo os valores do Evangelho (amando o próximo como a si mesmo).

6. Estar próximo

Procurem os padrinhos criar laços afetivos reais com o(s) afilhado(s) e respetiva família, partilhando tempo juntos e conhecendo o seu desenvolvimento como pessoas e como cristãos.

7. Assumir plenamente as responsabilidades

Quem aceita ser padrinho ou madrinha assume um compromisso para toda a vida e de forma permanente, como demonstração de amor, mas também como um serviço a Deus, acompanhando o(s) afilhado(s) no seu desenvolvimento e amadurecimento. Portanto, a sua tarefa de amor, companhia, cuidado e orientação não acaba quando o(s) afilhado(s) se torna(m) adulto(s), mas dura a vida inteira.

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